Este blog é dedicado à minha fonte de inspiração - minha filha, Sarah Emanuelle.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O mito do Cordão

Enlace de Cordão é um evento comum durante a gestação , estima-se que 1/3 dos bebês nasçam com o Cordão envolto no pescoço. A Prevalência parece ser maior em gestações de meninos, já que estes tendem a apresentar Cordões mais longos. Muitas vezes o enlace ocorre no momento do parto devido à rotação necessária para o nascimento do bebê. Ao se girar, o bebê pode, por vezes, se enrolar no próprio cordão.

O Cordão umbilical é revestido por uma espécie de gelatina que se entrelaça com a circulação sanguínea tendo a finalidade de protegê-la das distensões e compressões que podem ocorrer pelo simples fato de estar ligado a um bebê que está em constante movimento, sendo também longo o bastante (55cm em média) para que o bebê possa manter sua mobilidade mesmo estando enlaçado. O Cordão Umbilical é, então, estruturado de tal forma que possa ficar envolto no pescoço do bebê sem causar nenhum dano!

Não existe, até o momento, nenhuma pesquisa que sustente a ideia de que o Cordão Umbilical enrolado no pescoço possa estar relacionado com risco de morte durante a gestação!

Durante o parto ter o Cordão enrolado no pescoço não é um problema! Não existe o risco do bebê ficar “suspenso” pelo cordão e não descer, impedindo o parto normal. Durante o parto , todo o sistema Fundo Uterino + Placenta+ Cordão + Bebê se move para baixo como um todo, deste modo, o Cordão enrolado no pescoço , por si só, não deve ser considerado como justificativa para os casos em que o bebê “não desce” ou “não encaixa”!

Muitas vezes o enlace no pescoço permanece enquanto o bebê passa pelo útero e atravessa o canal vaginal, de todo modo a circulação sanguínea se mantém da mesma forma como acontecia durante a gestação. Pode acontecer também de o cordão, logo após a saída da cabeça do bebê, ficar mais distendido e apertado, sendo mais frequente quando apresenta mais de uma volta em torno do pescoço. Como o bebê ainda não respira, NÃO HÁ RISCO DE SUFOCAMENTO e, mesmo que possa ocorrer uma redução no fluxo sanguíneo devido à compressão, a circulação ainda vai se manter.

Esta possível redução no fluxo sanguíneo é facilmente resolvida quando o enlace é afrouxado ou desfeito, o que ocorre quando o bebê termina sua rotação ou nasce o resto do corpinho. Não se faz necessário cortar o Cordão precocemente para desfazer o enlace, esta conduta pode, inclusive, comprometer a oxigenação do bebê. Existem hoje pesquisas que relacionam o corte precoce do Cordão nestes casos com o maior risco de hipóxia e necessidade de reanimação neonatal. Logo, quanto mais tensionado e apertado o Cordão em volta do pescoço menos se deve interferir no Cordão.

Na maioria das vezes o enlace do Cordão será desfeito na rotação para o nascimento, ou , assim como na foto abaixo, o bebê nascerá com ele!

Fonte: Núcleo Carioca de Doulas - Facebook

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