Este blog é dedicado à minha fonte de inspiração - minha filha, Sarah Emanuelle.

sábado, 22 de dezembro de 2012

DIMINUIÇÃO DO LIBIDO NO PÓS PARTO


Ha muito tempo já é conhecido da sexualidade humana, a queda vertiginosa da libido feminina no período do puerpério e até um ano de pós parto. Vários fatores conspiram contra a libido da recém recebedora da vida de um filho. Na esfera psicológica, esta mulher assume a responsabilidade de preservar a vida e de cuidar de todas as necessidades básicas desta cria.
Assume-se tarefa estressante e compulsiva de zelar pelo melhor de seu filho, esta entregue a ela uma tarefa hercúlea de estar sempre à disposição e sempre com disposição para socorrer o pequeno ser e nutri-lo, limpa-lo, aquecê-lo, confortá-lo e etc. Nos poucos segundos que sobram para si no resto do dia, tem ainda algumas tarefas domésticas, higiene pessoal e alimentação.

Desta forma a fração esposa ou amante, deixa de existir, fica no STAND BAY, sem presença de desejo ou erotização na sua vida. Na porção hormonal, se esta mulher tiver o prazer e a oportunidade de amamentar , estará sobre forte ação do hormônio prolactina, responsável pela produção láctea e pelo bloqueio ovariano, tendo como efeito colateral deste, se é que assim podemos chamar, um bloqueio acentuado da libido feminina, pois este diminui e muito a produção do estrogênio , hormônio responsável pela sexualisação da mulher.
Ainda de forma negativa, um numero grande de mulheres apresentam um excesso de peso adquirido durante a gestação, abdômen maior como conseqüência da distensão uterina até o final da gravidez, perda da sua silueta original, levando a uma baixa estima em relação à estética. Reforçando ainda este quadro negativo para a pratica da boa sexualidade, ocorre uma estafa física e emocional intensa, o que não da espaço para o namoro, para a erotização, para o surgimento do desejo e excitação da mesma.
Do outro lado, um esposo ansioso para a chegada do famoso 40 dia do pós parto para poder iniciar sua vida sexual. Inicia-se um confronto na esfera emocional e na dinâmica das necessidades de cada hum. Normalmente este ato sexual ocorre sem envolvimento feminino e com sensações dolorosas na vagina, que geralmente apresenta ressecamento vaginal intenso, conseqüência da amamentação e da presença do hormônio prolactina.
Às vezes os dois apresentam uma falta total de desejo, tanto mulher como homem, passam a só curtir a cria que chegou e ficam num estado de euforia e felicidade, não investindo na erotização da vida do casal. Este período durar até um ano é previsível e aceitável, porem após o filho começar a ter sua autonomia é imperativo a busca de ajuda e de tratamento para resgatar a sexualidade natural e inerente entre o casal. Nos casos que as mulheres têm tripla jornada de trabalho, trabalhar, cuidar da casa e do filho e de si mesma, fica ainda mais difícil dela enxergar no seu esposo alguém que vá despertar e acordar a sua sexualidade.
Fica aqui uma dica para os novos pais e futuros, converse sempre com o seu ginecologista e se necessário a orientação de um profissional com formação em sexualidade, para evitar conflitos e sofrimentos maiores. Porém, com certeza se houver um dialogo saudável, a participação deste esposo nos cuidados do seu filho e da casa, esta mulher se sentirá amada e cuidada e com certeza sua libido retornará mais rapidamente. Amar e ser Amado sempre irá fortalecer qualquer relação e ser a base para todo enfrentamento das fases difíceis da vida.
Dr. Waldir Moreno Arévalo
Especialista em Aconselhamento Familiar e Terapia Sexual

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