No Parto de Lotus, o bebê nasce, a
placenta nasce e o cordão não é cortado. A placenta permanece ligada ao bebê
através do cordão, até que este se solte sozinho, naturalmente.
O Parto de Lotus é uma prática muito
comum em algumas culturas, principalmente indígenas onde o “fazer parte de um
todo” é muito significativo, diferente de nossa cultura, onde a
individualidade, a privacidade, é um fator marcante. Se pararmos para refletir
como a maioria de nós nasceu (sob o efeito de medicamentos, ocitocina
sintética, anestesia, isolados de nossas mães e privados da necessidade
mamífera básica de acesso ao seio materno e do contato pele-a-pele) talvez seja
mais fácil entender as dificuldades que temos em nossas relações interpessoais.
Os benefícios de um Parto de Lotus
são melhor abordados em culturas que procuram entender o ser humano como parte
de um todo, sob uma visão holística, menos tecnocrática. Países como a India,
China e Egito. Conceitos ausentes na ciência biomédica ocidental.
No Parto de Lotus há um entendimento
do bebê e placenta como uma única unidade, sendo a placenta um órgão essencial,
assim como o coração ou o fígado cujo funcionamento é essencial para a vida. No
Parto de Lotus, a relação bebê-placenta é muito forte, tanto que a mãe dá a luz
ao bebê e à placenta.
“Não há razões médicas
sustentáveis para cortar o cordão umbilical separando a unidade biológica que
concebeu, cresceu e nasceram juntos. O Parto de Lotus garante que o bebê
recebe o quociente completo de oxigênio no sangue altamente nutritivo que está
no cordão. A criança obtém 40 a 60 ml de sangue ‘extra’ a partir da placenta se
o cordão não estiver vinculado até pulsações cessar. A perda de 30 mL de sangue
para o recém-nascido é equivalente à perda de 600 ml para um adulto. A prática
comum de corte imediato do cordão antes das pulsações cessarem, possivelmente,
priva o recém-nascido de 60 ml de sangue, o equivalente a um 1200ml em um
adulto. Esta é uma explicação provável do estranho fenômeno de perda de peso
que a maioria dos recém-nascidos parecem suportar. O novo organismo é colocado
imediatamente sob estresse para reproduzir o sangue que lhe foi negado.”
Dra. Sarah Bucley (www.sarahjbuckley.com/articles/leaving-well-alone.htm
www.cordclamp.com.)
Na Inglaterra
muitas instituições de saúde, já estão preparadas para oferecer este
atendimento aos casais que assim desejam, e que mesmo aqueles que não desejam o
Parto de Lotus, são orientados a deixar o cordão ligado por pelo menos 3 horas
após o nascimento. Alguns estudos demonstram os benefícios de
manter a placenta ligada ao bebê através do cordão, como:
- transfusão total do sangue que está
na placenta para o bebê, diminuindo os riscos de anemia na primeira
infância;
- o bebê recebe toda vitamina K
presente na placenta, o que em tese, diminui a necessidade da aplicação da
vitamina K no bebê após o nascimento (a vitamina K é importante para
evitar hemorragia no recém-nascido);
- o bebê recebe muito mais células
tronco (presentes na placenta e no cordão umbilical);
- o bebê recebe mais células de
defesa presente na placenta, aumentando sua imunidade.
- aumenta o sucesso na formação do
vínculo entre mãe e bebê.
- encoraja a mãe a ficar mais
quieta e próxima ao bebê durante os primeiros dias;
- como o cordão não é cortado, não há
risco de infecção;
Você deve estar se perguntando: e o
cheiro da placenta…? Não apodrece?
Existem técnicas para se “cuidar” da
placenta até que ela seque. Em geral, o cordão solta em 3 dias (diferente de
quando é cortado). No site LotusBirht.net encontra-se a informação de que quando
um cordão é cortado imediatamente após o nascimento, leva em média 9,56 dias
para o “coto” secar e cair. Quando é cortado tardiamente (após parar de
pulsar), leva em média 7,16 dias para secar e cair. E quando não é cortado,
como no Parto de Lotus, leva em média 3,75 dias para secar e soltar.
E o bebê?
“Esses bebês que nascem de um
Parto de Lotus são diferentes, são mais “inteiros”, mais parecidos como
bebês costumavam ser. Os bebês de hoje são frequentemente muito preocupados,
eles mostram sinais de estresse. Isto é preocupante… Que o estresse esteja
aumentando, mesmo em bebês. O exemplo mais marcante de bem-estar que já vi em
um bebê nascido de um parto de lótus era um bebê cujo pai havia morrido durante
a gravidez. Quando isso acontece, pode-se esperar que a criança vai manifestar
sintomas de estresse relacionado ao estado emocional das mães. Porém, esta
criança nascida de um parto de lotus estava completamente livre do trauma
residual que estes casos costumam deixar. Era muito calmo e centrado.
Observando os bebês que atendo, o Parto de Lotus é notoriamente mais benéfico.“ Helma
Bak, médica nascida na Holanda, que pratica a medicina antroposófica e
homeopatia na Austrália.
Claro que isso é só a pontinha do
iceberg. Existem muito mais informações sobre os benefícios do Parto de Lotus e
sobre os cuidados com a placenta. Vale a pena dar uma lida.
Mais informações em:
www.lotusbirht.net
Texto adaptado do site:
Vila Mamífera
Nenhum comentário:
Postar um comentário