Este blog é dedicado à minha fonte de inspiração - minha filha, Sarah Emanuelle.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Parto de Lotus


No Parto de Lotus, o bebê nasce, a placenta nasce e o cordão não é cortado. A placenta permanece ligada ao bebê através do cordão, até que este se solte sozinho, naturalmente.
O Parto de Lotus é uma prática muito comum em algumas culturas, principalmente indígenas onde o “fazer parte de um todo” é muito significativo, diferente de nossa cultura, onde a individualidade, a privacidade, é um fator marcante. Se pararmos para refletir como a maioria de nós nasceu (sob o efeito de medicamentos, ocitocina sintética, anestesia, isolados de nossas mães e privados da necessidade mamífera básica de acesso ao seio materno e do contato pele-a-pele) talvez seja mais fácil entender as dificuldades que temos em nossas relações interpessoais.
Os benefícios de um Parto de Lotus são melhor abordados em culturas que procuram entender o ser humano como parte de um todo, sob uma visão holística, menos tecnocrática. Países como a India, China e Egito. Conceitos ausentes na ciência biomédica ocidental.
No Parto de Lotus há um entendimento do bebê e placenta como uma única unidade, sendo a placenta um órgão essencial, assim como o coração ou o fígado cujo funcionamento é essencial para a vida. No Parto de Lotus, a relação bebê-placenta é muito forte, tanto que a mãe dá a luz ao bebê e à placenta.
Não há razões médicas sustentáveis ​​para cortar o cordão umbilical separando a unidade biológica que concebeu, cresceu e nasceram juntos. O Parto de Lotus garante que o bebê recebe o quociente completo de oxigênio no sangue altamente nutritivo que está no cordão. A criança obtém 40 a 60 ml de sangue ‘extra’ a partir da placenta se o cordão não estiver vinculado até pulsações cessar. A perda de 30 mL de sangue para o recém-nascido é equivalente à perda de 600 ml para um adulto. A prática comum de corte imediato do cordão antes das pulsações cessarem, possivelmente, priva o recém-nascido de 60 ml de sangue, o equivalente a um 1200ml em um adulto. Esta é uma explicação provável do estranho fenômeno de perda de peso que a maioria dos recém-nascidos parecem suportar. O novo organismo é colocado imediatamente sob estresse para reproduzir o sangue que lhe foi negado.”   Dra. Sarah Bucley (www.sarahjbuckley.com/articles/leaving-well-alone.htm www.cordclamp.com.)
Na Inglaterra muitas instituições de saúde, já estão preparadas para oferecer este atendimento aos casais que assim desejam, e que mesmo aqueles que não desejam o Parto de Lotus, são orientados a deixar o cordão ligado por pelo menos 3 horas após o nascimento. Alguns estudos demonstram os benefícios de manter a placenta ligada ao bebê através do cordão, como:
- transfusão total do sangue que está na placenta para o bebê, diminuindo os  riscos de anemia na primeira infância;
- o bebê recebe toda vitamina K presente na placenta, o que em tese, diminui a necessidade da aplicação da vitamina K no bebê após o nascimento (a vitamina K é  importante para evitar hemorragia no recém-nascido);
- o bebê recebe muito mais células tronco (presentes na placenta e no cordão umbilical);
- o bebê recebe mais células de defesa presente na placenta, aumentando sua imunidade.
- aumenta o sucesso na formação do vínculo entre mãe e bebê.
- encoraja a mãe a ficar mais  quieta e próxima ao bebê durante os primeiros  dias;
- como o cordão não é cortado, não há risco de infecção;

Você deve estar se perguntando: e o cheiro da placenta…? Não apodrece?
Existem técnicas para se “cuidar” da placenta até que ela seque. Em geral, o cordão solta em 3 dias (diferente de quando é cortado). No site LotusBirht.net encontra-se a informação de que quando um cordão é cortado imediatamente após o nascimento, leva em média 9,56 dias para o “coto” secar e cair. Quando é cortado tardiamente (após parar de pulsar), leva em média 7,16 dias para secar e cair. E quando não é cortado, como no Parto de Lotus, leva em média 3,75 dias para secar e soltar.

E o bebê?
Esses bebês que nascem de um Parto de Lotus são diferentes, são mais “inteiros”,  mais parecidos como bebês costumavam ser. Os bebês de hoje são frequentemente muito preocupados, eles mostram sinais de estresse. Isto é preocupante… Que o estresse esteja aumentando, mesmo em bebês. O exemplo mais marcante de bem-estar que já vi em um bebê nascido de um parto de lótus era um bebê cujo pai havia morrido durante a gravidez. Quando isso acontece, pode-se esperar que a criança vai manifestar sintomas de estresse relacionado ao estado emocional das mães. Porém, esta criança nascida de um parto de lotus estava completamente livre do trauma residual que estes casos costumam deixar. Era muito calmo e centrado. Observando os bebês que atendo, o Parto de Lotus é notoriamente mais benéfico.“ Helma Bak, médica nascida na Holanda, que pratica a medicina antroposófica e homeopatia na Austrália.

Claro que isso é só a pontinha do iceberg. Existem muito mais informações sobre os benefícios do Parto de Lotus e sobre os cuidados  com  a placenta. Vale a pena dar uma lida.

Mais informações em:
www.lotusbirht.net

Texto adaptado do site:

Vila Mamífera

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